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No Vaticano, Prefeito Ricardo Nunes, de São Paulo, participa de seminário que discute mudanças climáticas.

Vaticano  –  O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), foi recebido pelo papa Francisco nesta quinta-feira (16) e pediu ao pontífice que abençoasse uma bandeira do Rio Grande do Sul.
“Eu levei uma bandeira do Rio Grande do Sul ao papa Francisco, e ele fez a bênção. Essa bandeira, com benção do papa, assim que eu voltar para o Brasil, estarei encaminhando para os irmãos do Rio Grande do Sul. Uma forma de demonstrar o carinho e a atenção. É preciso, com essa bênção na bandeira, a gente botar um carinho, um abraço e dizer para eles [gaúchos], não desistam, persistam.”

Mudanças climáticas

Nunes, que é pré-candidato à reeleição e tem apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), participa, ao lado de outros 19 prefeitos de grandes cidades do mundo, como Paris, Milão e Londres, de um seminário promovido pelo Vaticano e que discute as mudanças climáticas.
O evento começou na quinta-feira (15) e vai até esta sexta (17). À TV Globo, o prefeito afirmou que falta conscientização para encarar a crise climática e citou “negacionistas”.

“O que falta ainda, eu acho, é a conscientização de cada um da importância da questão do meio ambiente, porque as mudanças climáticas estão aí e, se não cuidarmos, mais ações como essas que aconteceram no Rio Grande do Sul vão acabar ocorrendo. São Paulo vem aqui no encontro do Vaticano com 20 líderes mundiais dando ações concretas do que estamos fazendo lá.”

“E também uma mensagem aos negacionistas. Nós não podemos aceitar de forma nenhuma que você não trate isso de uma forma muito séria, muito profunda. Tem cientistas que escreveram teses e que nós precisamos ter as ações para corrigir o que, durante anos, décadas, acabou não sendo cuidado”, emendou.

O prefeito apresentou ações da cidade de São Paulo para diminuir as emissões de carbono, como a troca da frota de ônibus a diesel por ônibus elétricos.

“Eu trouxe que 64% da emissão de dióxido de carbono na cidade de São Paulo são provenientes dos 7 milhões de veículos que circulam por dia, e metade desse volume é proveniente dos ônibus a diesel. O que a gente tem que fazer? Substituir os ônibus a diesel para não poluente.”
Conforme o g1 informou em 7 de março deste ano, no entanto, a Prefeitura de São Paulo possui apenas 2,4% de sua frota de ônibus composta por veículos elétricos, segundo dados da SPTrans. Com 285 coletivos movidos a energia renovável, a capital tinha atingido, até março, somente 11,9% da meta que precisa ser cumprida até o final deste ano.
No início da gestão Bruno Covas/Ricardo Nunes, um plano com as metas para o mandato (2021-2024) foi estabelecido. Dentre os objetivos, a chapa se comprometeu a encerrar 2024 com 20% de sua frota de ônibus composta por veículos de matriz energética limpa — o equivalente a 2.390 veículos do total de 11.950 que circulam na capital.
À época, Nunes responsabilizou a Enel-SP pela situação. Segundo o prefeito, a implantação da infraestrutura necessária para receber os veículos elétricos nas garagens das concessionárias seria de responsabilidade da distribuidora de energia.
Sem mencionar números, Nunes afirmou que a capital já possui “vários” ônibus elétricos à disposição, mas que ainda não podem ser incluídos nas frotas por não haver pontos de recarga suficientes.
Segundo a Enel-SP, o valor total do projeto de infraestrutura e o cronograma de implantação variam de acordo com a solução adotada pela concessionária do transporte coletivo, como o uso de média ou alta tensão.  (com informações e otos do G1)