Economia

SINDICATOS VÃO PAGAR MULTA DE DOIS MILHÕES PELA GREVE

São Paulo  –  Justiça amplia para R$ 1,5 milhão multa para ferroviários e para R$ 2 milhões a de metroviários por falta de transporte em horário de pico

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região decidiu que os sindicatos dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, da Zona Central do Brasil e da Zona Sorocabana paguem multa diária de R$ 500 mil cada um por não acatarem decisão que os obrigava a manter 100% dos serviços no horário de pico — das 6h às 9h e das 16h às 19h. O valor total chega a R$ 1,5 milhão.

Em outra decisão, o TRT também aumentou as multas para os sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e em Empresas Operadoras de Veículos Leves sobre Trilhos para R$ 1 milhão para cada um deles, totalizando R$ 2 milhões.

Antes, as multas eram de R$ 500 mil para cada uma das entidades.

Os pedidos foram feitos pelo governo do estado de São Paulo por meio da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô).

“A pretensão de majoração de multa diária tem como escopo evitar que os transtornos ocorridos no período da manhã se repitam no próximo horário de pico à tarde”, justificou a juíza do trabalho Raquel Gabbai de Oliveira, sobre o movimento grevista dos ferroviários.

Já sobre os metroviários, o aumento das multas foi justificado pelo desembargador do Trabalho Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira “em razão do efetivo descumprimento da ordem judicial entabulada nas liminares de ID’s e8f0533 e 227e127, em evidente desprestígio ao Poder Judiciário, e considerando a hipotética prorrogação do movimento paredista para o dia 04 de outubro de 2023”.

O que dizem os sindicatos e o governador

Servidores da CPTM, do Metrô e da Sabesp fazem greve nesta terça-feira (3) em protesto contra os planos de privatização envolvendo essas companhias. A concessão de linhas do Metrô e da CPTM à iniciativa privada e a privatização da Sabesp são promessas de campanha do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Esses processos ainda estão em fase de estudo.