Secretário de Segurança de MG chama Dino de ‘falastrão’ e critica STF
Secretário de MG critica “faz de conta” em planos de segurança do governo federal e questiona decisões do STF.
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, Rogério Greco, não poupou críticas ao atual cenário político relacionado à segurança. Durante entrevista concedida ao jornal paranaense Gazeta do Povo nessa terça-feira (24), ele dirigiu suas palavras ao ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), a quem se referiu como “falastrão”. Além disso, Greco caracterizou os planos de segurança recentemente anunciados pelo governo federal como “meros faz de conta”.
Na entrevista, o secretário mencionou a necessidade de uma figura competente no comando das iniciativas de segurança. “É preciso de alguém à frente da missão com capacidade para ela. Tem de ter conhecimento do tema e sendo apenas político não dá garantia de bom resultado”, destacou. Em seu discurso, evocou a transformação de Medellín, Colômbia, que outrora esteve sob domínio do traficante Pablo Escobar, como um exemplo de mudança na luta contra o crime.
Questões policiais no Rio de Janeiro
Sobre a situação no Rio de Janeiro, Greco apontou que as forças policiais têm encontrado dificuldades para adentrar comunidades dominadas pelo tráfico. Os desafios, conforme ressaltou, tornaram-se mais evidentes na última segunda-feira (23), dia em que, após um confronto resultando na morte de um miliciano, incidentes violentos culminaram na queima de um ônibus e de um vagão de trem. Segundo o secretário, “a violência no Rio só vai ceder quando o STF deixar a polícia cumprir sua missão”, sublinhando a importância de um comprometimento da Justiça penal com a pacificação promovida pelo Estado.
Reforma do STF e decisões monocráticas
Greco também trouxe à pauta sua defesa à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa limitar algumas prerrogativas do Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta em discussão sugere que os ministros da Suprema Corte não possam anular atos dos presidentes da República, do Senado ou da Câmara por meio de decisões individuais, também conhecidas como monocráticas. Em suas palavras, Greco destacou: “Bem que Ruy Barbosa dizia que a pior ditadura é a do Judiciário, porque contra ela ninguém tem a quem recorrer”. (fonte: plox)