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PF desarticula braço do grupo terrorista Hezbollah que financiava atos e recrutava brasileiros

Nesta quinta-feira (8), um mandado de prisão e oito de busca e apreensão são cumpridos pela Polícia Federal (PF) com o objetivo de coletar provas do financiamento de atos de terrorismo investigados na Operação Trapiche, iniciada em novembro do ano passado. As cidades de Belo Horizonte, Uberlândia, Contagem, São Paulo e Brasília são alvos dos mandados.

Os dados pessoais de imigrantes e refugiados em situação vulnerável foram utilizados pelo principal investigado para abrir contas bancárias e empresas fictícias, conforme descobriram os investigadores. A movimentação de recursos de origem ilícita foi facilitada por essas contas. A Justiça Federal ordenou o sequestro de valores, bloqueios de contas bancárias e a suspensão das atividades econômicas das empresas envolvidas.

Dinheiro obtido do contrabando de cigarros eletrônicos financiou passagens aéreas para brasileiros recrutados para entrevistas no exterior, como revelam as evidências. Esses brasileiros eram entrevistados pelo Hezbollah, uma organização terrorista libanesa, para possíveis recrutamentos. O comércio ilegal foi a fonte dos recursos usados.

Contas de empresas de fachada receberam parte do dinheiro proveniente do contrabando, descoberto pela Operação Colossus da PF, em um esquema bilionário de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Diversas transferências entre contas ocorreram antes da conversão dos recursos ilícitos em criptoativos, destinados a carteiras vinculadas a organizações terroristas.

Penas que podem chegar a 75 anos e 6 meses de prisão aguardam os envolvidos, acusados de contrabando, participação em organização terrorista, preparação de atos terroristas, financiamento ao terrorismo e lavagem de dinheiro.