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Pedido de prisão reiterado para motorista de Porsche

A Polícia Civil de São Paulo finalizou o inquérito referente ao trágico acidente envolvendo um Porsche e solicitou pela terceira vez a prisão do motorista, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho. Ele é acusado de homicídio por dolo eventual, lesão corporal e fuga do local do sinistro, ocorrido no dia 31 de março na Avenida Salim Farah Maluf, na Zona Leste da capital.

Esta nova requisição, emitida pelo 30º Distrito Policial (DP) no Tatuapé, busca a prisão preventiva do empresário, que já teve pedidos semelhantes negados pela Justiça em duas outras ocasiões. Até o momento, não há uma decisão judicial sobre o último pedido.

De acordo com o relatório policial, Fernando Sastre assumiu o risco de causar a morte de Ornaldo da Silva Viana, um motorista de aplicativo, e feriu gravemente o estudante de medicina Marcus Vinicius Machado Rocha, que estava no veículo no momento do acidente. O empresário também se evadiu do local sem realizar o teste do bafômetro, estando atualmente em liberdade.

O caso agora segue para o Ministério Público (MP), que poderá oferecer denúncia pelos três crimes imputados ao motorista do Porsche. Após a avaliação do MP, o processo será encaminhado à Justiça, que decidirá sobre o pedido de prisão e se Fernando será réu em processo penal. Em casos de crimes dolosos contra a vida, o julgamento ocorre perante um júri popular.

Foto: Reprodução de vídeo

Além do andamento processual, está programada para esta quinta-feira uma reconstituição do acidente por meio de drones e scanner laser 3D, coordenada pela Polícia Técnico-Científica. A simulação, que custará cerca de R$ 460 mil, visa aprimorar as investigações e oferecer uma representação detalhada da dinâmica do acidente, que também foi capturado por câmeras de segurança.

O MP também solicitou a quebra do sigilo bancário de Fernando Sastre para investigar possíveis consumos de bebidas alcoólicas antes do acidente. Testemunhas indicaram que o empresário estava em bares na região do Tatuapé, e há relatos de consumo de álcool horas antes da colisão.

Este desenvolvimento surge enquanto a comunidade ainda se recupera do impacto do incidente, e a família de Ornaldo da Silva Viana busca justiça pela perda trágica. Fernando, por sua parte, nega que tenha bebido antes de dirigir e descreve o acidente como uma “fatalidade”. A investigação continua, enquanto a comunidade e as autoridades aguardam as próximas etapas do processo judicial.