Michelle recebe Título no Teatro a contra gosto da esquerda
PREFEITO RICARDO NUNES ENALTECEU O TRABALHO DE MICHELLE
Título de cidadã paulistana foi concedido nesta 2ª à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal de São Paulo.
São Paulo – Em meio a uma proibição judicial, driblada por um vereador que pagou R$ 100 mil para alugar o Theatro Municipal, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) foi homenageada com o título de cidadã honorária paulistana, na noite desta segunda-feira (25/3), em um dos cartões postais da capital paulista.
O vereador Rinaldo Digilio (União), autor do projeto para homenagear Michelle, abriu a sessão dizendo que ela ocorreria “sem desrespeito” às determinações judiciais porque ele mesmo pagou pelo evento – no fim de semana, o Tribunal de Justiça (TJSP) proibiu a Prefeitura de ceder o teatro para a cerimônia. A proibição foi por causa de uma ação de membros de partidos de esquerda, desesperados com a aproximação das eleições.
O desembargador Marco Antônio Martin Vargas estipulou multa de R$ 50 mil caso a decisão fosse descumprida. A liminar suspendendo o uso do teatro para a homenagem a Michelle foi concedida em uma ação movida pela deputada federal Erika Hilton (PSol-SP).
Esquerdistas alegaram despesas com o dinheiro público. O Vereador, autor do projeto, diante da negativa judicial, alugou o espaço do Teatro e a festa aconteceu a contra gosto dos esquerdistas eu estão indignados com os resultados das pesquisas que apontam Ricardo Nunes à frente para a reeleição.
Michelle e Jair Bolsonaro foram aplaudidos de pé pela multidão eu superlotou o teatro.
Em seu discurso, Michelle afirmou que ela e o marido são perseguidos e que “Bolsonaro foi um homem que Deus levantou para que fizesse justiça social a essa nação”.
“Sofremos perseguições, distorcem nossas falas e tentam destruir a nossa reputação”, disse Michelle.
Já o ex-presidente voltou a falar em ameaça à liberdade na cerimônia de homenagem a sua mulher.
“Aprendemos ao longo dos nossos quatro anos, ou reaprendemos, algo tão importante ou mais do que a própria vida e não dávamos muito valor a isso. Achávamos que aquilo não iria acabar, que é a nossa liberdade”, disse. “Tem coisas que você só dá valor depois que perde. Uma delas é a liberdade.”
Vereador pastor bancou o evento
O vereador Rinaldo Digilio declarou ter dado os próprios bens como garantia para conseguir um empréstimo bancário de R$ 100 mil para viabilizar o aluguel do Theatro Municipal para a cerimônia.
“Como eu aluguei esse lugar, então posso falar o que eu quiser”, brincou o vereador, que é pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular. “Agora sai o vereador e entra o pastor”, disse. Na sequência, diversos presentes gritaram “aleluia”, “cadê o povo de glória?” e “o Brasil é de Jesus”.
Os discursos de Digilio e de Michelle tiveram diversas citações bíblicas. A cerimônia terminou com uma oração comandada pelo vereador pastor.
“Michelle, o inimigo não te ataca porque você é fraca. O diabo está te atacando porque você é uma ameaça”, disse Digilio.
Ao agradecer a homenagem, Michelle voltou a dizer que seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é um “homem abençoado por Deus” e disse que “o Brasil voltará a ser governado por pessoas de bem”.
O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), ironizou a situação ao dizer entender a proibição porque “tem muita gente preocupada” com a popularidade de Michelle.
Em seu discurso, Nunes explicou que, para que um título de cidadão paulistano seja concedido, a proposta precisa passar por mais do que a maioria simples da Câmara Municipal, ou seja, 28 votos dos 55 vereadores.
“Tem alguém com mais credibilidade no Estado democrático de direito de propor, votar e aprovar o título de cidadão paulistano? Não tem. Aí, eu não consigo realmente entender… Aliás, até entendo. Tem muita gente preocupada”, disse o prefeito.
O vereador Rubinho Nunes (União) classificou a situação judicial como injusta. “Mais de 40 pessoas foram homenageadas neste local, o que só mostra a injustiça contra vocês”, disse ele.
Várias personalidades políticas estiveram presentes, entre elas o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o senador Ciro Nogueira (PP-PI), a vice-governadora do Distrito Federal Celina Leão (PP), vereadores da capital e deputados estaduais e federais.
O ex-presidente Jair Bolsonaro também esteve presente e fez questão de dar uma palavra, elogiando a forma como sua esposa se envolveu com questões sociais, passando pelo discurso histórico que ela fez durante a sua posse, em janeiro de 2018.
– A melhor primeira-dama do Brasil, melhor e mais bonita. Falo com coração e com emoção (…) Passamos por momentos difíceis e continuamos passando – declarou.
Digilio também pôde discursar, fazendo questão de citar que foram dois anos tentando aprovar a homenagem na Câmara Municipal de São Paulo, enfrentando muita resistência por parte dos vereadores de esquerda que, mesmo após a aprovação, tentaram impedir a entrega da honraria.
O vereador fez questão de citar a história da ex-primeira-dama e do quanto ela enfrentou e ainda enfrenta perseguições, tanto ela, quanto os demais integrantes da família Bolsonaro.
Agradecida, Michelle relembrou como se envolveu com libras e doenças raras, citando ainda projetos que foram criados com seu apoio durante o governo de Jair Bolsonaro para auxiliar essas comunidades, mas foram descontinuados pelo atual presidente.
Por fim, ela pediu ao vereador, que é pastor da Igreja Família Global, que fizesse uma oração por ela e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.