Marketeiro de Lula deve assumir comunicação da Presidência da República
Presidente Lula tenta reverter rejeição convidando marqueteiro para melhorar a imagem
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode confirmar o publicitário Sidônio Palmeira como novo chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da república. Sidônio, que foi o responsável pela campanha de Lula em 2022, tem sido constantemente consultado pelo presidente e é visto como a peça chave para a reformulação da comunicação do Planalto, prevista para 2025.
Com a possível nomeação de Sidônio para a Secom, a comunicação da presidência mergulharia nas narrativas eleitorais do petista. A mudança já é dada como certa por aliados do presidente, embora o convite ainda não tenha sido formalizado.
Paulo Pimenta deve ser transferido para outro cargo dentro do Planalto, mas continuará no núcleo estratégico do governo. A reformulação é vista como uma forma de reforçar a imagem de Lula e preparar o terreno para tentar recuperar a popularidade que só despenca.
Graças a Lula, inflação acima do teto não dará trégua aos mais pobres
A inflação brasileira continua pressionando a economia, e as projeções para os próximos anos não são nada animadoras. O Relatório Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (9), trouxe estimativas alarmantes para 2024 e 2025. A previsão para a inflação passou de 4,71% para 4,84% em 2024, e de 4,40% para 4,59% em 2025. O centro da meta oficial é de 3%, e, se as estimativas se confirmarem, o Brasil enfrentará uma inflação bem acima do teto, que permite uma margem de 1,5 ponto percentual.
As projeções para a Selic também sofreram um ajuste, com uma alta já esperada. Para 2024, a taxa básica de juros passou de 11,75% para 12%, e para 2025, a expectativa é que a Selic termine o ano em 13,50%. Essas mudanças refletem a pressão das condições econômicas, que incluem não só a inflação, mas também as dificuldades cambiais e o impacto da política monetária. A decisão final sobre a Selic será tomada pelo Banco Central nesta semana, e muitos já temem novos aumentos.
Em um cenário de alta inflação, o Produto Interno Bruto (PIB) também teve suas projeções revistas. A expectativa de crescimento para 2024 subiu levemente de 3,22% para 3,39%, mas as projeções para os anos seguintes mostram um ritmo mais modesto. Para 2025 e 2026, as estimativas indicam um crescimento de apenas 2%, um reflexo da estagnação econômica que o país ainda enfrenta.
Além disso, o câmbio também promete trazer dificuldades. A previsão para o dólar subiu, e a projeção para 2025 agora é de R$ 5,77, mostrando que a moeda brasileira deve continuar sua desvalorização. Com a inflação em alta e a Selic elevada, o Brasil pode viver tempos difíceis pela frente, e os analistas já alertam: “Não há recuperação rápida à vista.”