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Lula nomeia Macaé Evaristo para o Ministério dos Direitos Humanos

Deputada estadual de Minas Gerais substituirá Silvio Almeida, demitido após denúncias de assédio sexual. Escolha busca amenizar crise e reforçar diversidade no governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu a deputada estadual mineira Macaé Evaristo (PT) como nova ministra dos Direitos Humanos, após a demissão de Silvio Almeida. Almeida foi dispensado do cargo na última sexta-feira (6/9) após acusações de assédio sexual reveladas pela coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles. A decisão de Lula faz parte de uma estratégia para minimizar a repercussão negativa das denúncias, que também envolveram a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Trajetória de Macaé Evaristo

Macaé Evaristo é professora desde os 19 anos e possui uma carreira consolidada na área da educação e direitos humanos. Entre 2013 e 2014, ela atuou como secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (MEC) durante a gestão de Aloizio Mercadante. Além de sua trajetória no MEC, Macaé mantém uma relação próxima com Gleide Andrade, tesoureira nacional do PT, o que reforça seu alinhamento com a cúpula partidária.

Mudanças e expectativas no ministério

Com a saída de Silvio Almeida, Lula inicialmente nomeou Esther Dweck, ministra da Gestão e da Inovação, como interina no Ministério dos Direitos Humanos. A expectativa era de que Rita Cristina, então secretária-executiva, assumisse o comando da pasta. No entanto, Rita Cristina pediu exoneração após a demissão de Almeida, abrindo caminho para a escolha de Macaé.

Escolha estratégica e representatividade

A escolha de Macaé Evaristo reforça o compromisso de Lula em promover a diversidade no governo, especialmente após as denúncias que resultaram na demissão de Almeida. No sábado (7/9), já circulavam informações de que Lula pretendia nomear uma mulher negra para o cargo, como uma forma de resposta às acusações que atingiram o ministério. A nomeação de Macaé alinha-se com essa estratégia, buscando não apenas a representatividade, mas também uma gestão focada em inclusão e direitos humanos.

Contexto e reações

Silvio Almeida, que estava no governo desde o início do terceiro mandato de Lula, foi demitido após as acusações de assédio sexual se tornarem públicas. As denúncias impactaram não apenas a imagem do ex-ministro, mas também a do governo, que precisou agir rapidamente para conter a crise.