Lula já tem maioria no STF para prender Bolsonaro
Com 3 nomeações, Lula já “formou maioria” no STF para condenar Bolsonaro. O esquema, segundo a acusação, envolvia articulações clandestinas.
Acumulando poder no Supremo Tribunal Federal (STF), Lula já tem a quantidade necessária de ministros alinhados a ele para condenar o rival Jair Bolsonaro. A denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça-feira (18), envolve supostos crimes como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. A Primeira Turma do STF, responsável pelo julgamento, é formada por ministros indicados por Lula, como Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, além de Luiz Fux, nomeado por Dilma Rousseff, e Alexandre de Moraes, indicado por Michel Temer.
A acusação contra Bolsonaro e outros 33 envolvidos, incluindo militares de alta patente como Walter Braga Netto e Mauro Cid, baseia-se em um inquérito da Polícia Federal. A investigação concluiu que o ex-presidente teria participado de uma trama golpista para deslegitimar as eleições de 2022, articulando ações para impedir o retorno de Lula ao poder. O esquema, segundo a acusação, envolvia articulações clandestinas.
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Agora, a denúncia aguarda decisão da Primeira Turma do STF. Caso aceita, os envolvidos se tornarão réus e responderão a um processo penal. A presença de Alexandre de Moraes na turma aumenta a probabilidade de que o caso seja analisado rapidamente. A composição do colegiado, com ministros alinhados ao governo petista, sugere um cenário favorável para Lula e dificulta a defesa de Bolsonaro.
A oposição já reagiu, acusando o STF de ser tendencioso e de agir politicamente ao julgar figuras da
direita. A atual formação do Supremo, com ministros indicados por governos petistas ou aliados, tem reforçado a percepção de que a Corte se tornou uma extensão do poder político, com o objetivo de perseguir adversários do governo.
Câmara dos Deputados: oposição reage à denúncia da PGR e chama protesto contra Lula
Parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizaram, nesta quarta-feira (19/2), coletiva de imprensa para comentar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado organizada por integrantes do então governo. Os opositores também chamaram para um protesto contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O documento denuncia Bolsonaro e outras 33 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa armada. Eles ainda foram denunciados por dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.