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Justiça de SP proíbe Guarda Civil de dispersar pessoas na Cracolândia

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São Paulo  –  A Justiça de São Paulo limitou a atuação da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na Cracolândia, região na parte central da capital paulista que concentra pessoas em situação de rua e com uso abusivo de drogas. A decisão proferida nesta terça-feira (25) atende um pedido do Ministério Público de São Paulo em uma ação civil pública que também tem participação da Defensoria Pública.

Segundo a decisão da juíza Gilsa Elena Rios, da 15ª Vara da Fazenda Pública, a GCM não pode fazer “qualquer operação de natureza policial militar no território dos Campos Elíseos e Luz – a denominada Cracolândia”. Desse modo, os guardas ficam proibidos de usarem munição menos letal para dispersar as pessoas das ruas.

“Entendidas estas como a prática organizada de ações típicas de polícia repressiva e sob formação militar, voltada à conquista de espaços nas vias públicas, com arremesso indiscriminado de munições contra pessoas e expulsão desmotivada de pessoas de logradouros públicos”, define a magistrada sobre as condutas proibidas.

A GCM também fica obrigada, segundo a decisão, a criar um canal para receber denúncias da população e um protocolo para apurar as responsabilidades em caso de descumprimento das limitações estipuladas pela juíza.

Grades e spray de pimenta

Na tarde de segunda-feira (24), a reportagem da Agência Brasil presenciou o uso de spray de pimenta por pelo menos uma vez. Por duas vezes, os guardas fizeram disparos de balas de borracha contra a aglomeração de pessoas. As munições foram disparadas durante uma ação de  limpeza, quando o fluxo é deslocado para que a área seja varrida pelas equipes da prefeitura. As pessoas são retiradas em fila do local gradeado e obrigadas, pela Guarda Civil, a ficarem sentadas na calçada oposta até o trabalho ser concluído. Há diversos momentos de tensão, porque, à medida que são deslocadas, as pessoas são revistadas e muitos objetos pessoais são retirados pelos guardas.

A coordenadora do Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria, Fernanda Balera, que visitou o território na segunda-feira, disse que as ações da prefeitura na região geram preocupação.

Na semana passada, foram instaladas grades na Rua dos Protestantes, onde o está fluxo – concentração de pessoas em situação de rua e com consumo abusivo de drogas – desde julho de 2023. A multidão foi levada para o local após ser deslocada de outros pontos na região por operações policiais. Pouco a pouco, a aglomeração de pessoas passou a ocupar, além da via, um terreno ocioso no mesmo quarteirão.

No início de abril deste ano, a prefeitura instalou grades nas duas entradas da rua ocupada pelo fluxo. Entre as últimas semanas de maio e início de junho, foi construído um muro em volta do terreno no lado que dá para a via paralela, a Rua General Couto de Magalhães. As grades colocadas na semana passada liberaram uma das faixas da via para a passagem de carros na Rua dos Protestantes, tornando o terreno ocioso o centro da concentração de pessoas. A mudança de configuração coincide um esvaziamento do fluxo observado em maio e junho.

Espaço da saúde

O terreno atualmente ocupado pelo fluxo da Cracolândia foi desapropriado pela prefeitura de São Paulo em 2005. Na ocasião, foi declarado de utilidade pública um total de 105 mil metros quadrados. Os imóveis, que abrigavam lojas e bares, foram demolidos em 2006 com a proposta de “revitalizar” a região. Sugerido pela gestão do então prefeito Gilberto Kassab, o projeto Nova Luz pretendia atrair investimentos privados para o bairro. A área ficou abandonada desde então.

De acordo com a prefeitura de São Paulo foi criado “um espaço da saúde em parte da Rua dos Protestantes”. As grades servem, de acordo com nota do Executivo municipal, para facilitar o acesso das equipes de saúde e assistência social. “A instalação desse espaço serve para avançar cada vez mais no trabalho de sensibilização dos usuários de álcool e outras drogas, em situação de vulnerabilidade, para o tratamento e aceitação das ofertas de acolhimento”, acrescenta o comunicado da prefeitura.

PREFEITO NÃO GOSTOU

‘Não é razoável que a GCM tenha suas funções limitadas’, afirma o Prefeito Ricardo Nunes sobre a decisão judicial que proíbe uso de balas de borracha e bombas na Cracolândia

GCM não pode atuar como a Polícia Militar contra usuários de drogas durante operações, segundo a decisão. Prefeitura de São Paulo vai recorrer da decisão.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), criticou nesta quarta-feira (26) a decisão judicial que proibiu a Guarda Civil Metropolitana (GCM) de atuar como a Polícia Militar em operações na Cracolândia, no Centro da capital, e de usar bombas de gás e balas de borracha contra os usuários de drogas.

A decisão é da juíza Gilsa Elena Rios, da 15ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo, e foi publicada nesta segunda-feira (24). A administração municipal vai recorrer da decisão.

Nunes disse que “não é razoável que eles tenham as suas funções limitadas, sendo que é muito necessária a atuação desses profissionais para manter a segurança e a ordem não só da população, mas para os agentes de saúde e de assistência social que atuam nas cenas abertas de uso”.

Durante agenda nesta quarta, o prefeito ainda afirmou que, no campo de segurança pública, não cabe à juíza delimitar quais táticas e ferramentas a GCM e a PM devem usar na Cracolân  usuáriosdia, por isso o trabalho desses profissionais deve ser definido por especialistas da área.

OPINIÃO

Os usuários de drogas que estão na cracolândia são simplesmente usuários que usam por que encontram para comprar.  Por quê ninguém fala em acabar com o tráfico de drogas ?  Quanto a esses usuários que tumultuam a vida da cidade, é retirá-los para um outro local.  Antigamente os presos condenados iam para um local chamado Ilha das Cobras.  Não precisa tanto.  Vamos ver um tereno do Governo e criar uma colonia para abrigar essa turma.

Precisa coragem para tomar certas decisões.  Mas Eu sei perfeitamente que no Brasil as leis sõ favorecem bandidos. Polícia que existe para nos defender é errada e sempre os bandidos tem razão.  Na mídia, tudo a favor de bandidos e nada a favor da Polícia.

O STF quer liberar o uso e porte de drogas.  Prá que serve a democracia. Prá que serve o Congresso eleito pelo povo? quem manda são meia duzia de Ministros que não foram eleitos pelo povo.  Um absurdo.

O Prefeito de São Paulo em razão, a GCM tem agir e manter a ordem e quem quizzer diferente leva pra casa. Tem um Padre que se diz defensor de maconheiros e derivados, pode var pra sua paróquia, serão ótimos coroinhas.

Conversar fiado, usar a caneta e o Poder, dar entrevistas fajutas é fácil.  Resolver o problema é mais difícil;

Parabéns Prefeito Ricardo. Parabéns Governador Tarcisio. Vocês estão no caminho certo.