Eleitora de Lula é presa por suspeita de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro
A influenciadora digital Deolane Bezerra foi presa nesta quarta-feira (4) em operação da Polícia Civil de Pernambuco que investiga organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais.
Deolane é advogada criminalista e influencer, tem 34 anos de idade e é natural de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata de Pernambuco. Ela ficou famosa após o seu namoro com o cantor de funk MC Kevin, que morreu em maio de 2021.
A advogada é conhecida de presidente Lula (PT), a quem ela dissse “amar”, durante podcast um ano antes das eleições presidenciais de 2022.
Ela reclama de “injustiça”
Em postagem publicada no Instagram, a advogada por meio de carta comentou sobre sua prisão, segundo a influencer ela está sofrendo uma “grande injustiça”. Veja a carta na íntegra:
“Hoje não teve boa-tarde, Brasil! Mas estou passando aqui para tranquilizá-los e afirmar mais uma vez que estou sofrendo uma grande injustiça. É notório o preconceito e a perseguição contra minha pessoa e minha família, mas isso tudo servirá para provar mais uma vez para todos vocês que não prático e nunca pratiquei ‘crimes’.
Confesso para vocês que estou destruída ao ver minha mãe passando por tamanha humilhação, eu passaria 1 ano, 10, 20 ou mais para provar minha inocência, mas, com ela, não… Peço oração para todos vocês, obrigada pelo carinho…
Em nota divulgada pela defesa de Deolane, em suas redes sociais, o escritório de advocacia Adélia Soares se manifestou sobre o atual ocorrido com a influencer. Leia:
“Em nome da Dr.ª Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Alves Bezerra, viemos a público esclarecer as informações que têm circulado recentemente envolvendo seu nome em uma investigação de lavagem de dinheiro e prática ilegal de jogos.
Inicialmente, é importante destacar que tal investigação, conforme estabelece a legislação brasileira, tramita em caráter sigiloso. Portanto, qualquer divulgação de detalhes específicos do processo não só desrespeita o direito à privacidade da investigada, como também pode configurar violação de segredo de Justiça, sujeitando os responsáveis às devidas sanções legais.
Ressaltamos que a Dr.ª Deolane Bezerra tem plena confiança na Justiça e permanece à disposição para colaborar com as autoridades competentes, de modo a esclarecer todos os fatos.
Além disso, informamos que o corpo jurídico da Dr.ª Deolane Bezerra já está tomando todas as providências cabíveis para garantir o respeito ao sigilo processual e para responsabilizar aqueles que, por ventura, estejam divulgando informações inverídicas ou confidenciais de forma indevida.
Por fim, reafirmamos que qualquer especulação ou divulgação de informações não confirmadas pode acarretar sérios danos à imagem e à reputação de Dr.ª Deolane.
Assim, solicitamos que as informações divulgadas sejam tratadas com a devida responsabilidade, respeitando o princípio da presunção de inocência que rege o nosso ordenamento jurídico.”
Influencers enriquecem com rifas e sorteios, mas ganham imagem de “criminosas”
Milionários influenciadores são presos, reforçando a ilegalidade das rifas digitais
O uso de rifas, sorteios e jogos tem se tornado uma prática comum entre influencers para aumentar engajamento e faturamento, mas essa atividade coloca muitos deles sob risco legal. Recentemente, várias prisões de influenciadores milionários chamaram a atenção para a questão, reforçando a ideia de que essas práticas, embora lucrativas, podem ter consequências criminais sérias.
Enriquecimento acelerado com rifas digitais
Rifas e sorteios realizados por influencers têm gerado fortunas. A promessa de prêmios como carros de luxo, joias, viagens internacionais e grandes quantias em dinheiro atrai multidões de seguidores, que compram bilhetes para participar. Em muitos casos, os lucros superam em muito o valor dos prêmios oferecidos. No entanto, essa prática se expandiu de maneira descontrolada, e vários influenciadores foram acusados de operar esquemas ilegais ou fraudulentos.
Nas últimas semanas, várias operações policiais culminaram na prisão de influenciadores milionários que se beneficiavam dessas rifas. Essas detenções reforçaram as suspeitas de que muitos dos sorteios realizados em redes sociais são, na verdade, ilegais. Um dos casos mais conhecidos envolveu um influenciador de grande alcance que, após meses de investigação, foi preso por organizar rifas sem autorização e por práticas fraudulentas. O Ministério Público afirmou que “a falta de licenças e a manipulação de resultados em rifas de grande porte podem ser enquadradas como crime, colocando em risco os direitos dos consumidores”.
Essas prisões servem como alerta para outros influenciadores que estão adotando a mesma estratégia. Mesmo aqueles que não são investigados diretamente passam a ser vistos com desconfiança pelo público, gerando um impacto negativo em suas marcas e suas carreiras.
Questionamentos sobre legalidade e ética
A popularidade das rifas digitais colocou em evidência a necessidade de regulamentação e fiscalização mais rigorosa. Em muitos países, como o Brasil, qualquer tipo de sorteio ou rifa deve ser autorizado por órgãos reguladores, como a Caixa Econômica Federal. No entanto, muitos influenciadores ignoram essa exigência, acreditando que, por operarem em plataformas digitais, estão fora do alcance da legislação vigente. Essa crença tem se mostrado equivocada à medida que novas operações policiais continuam a investigar e prender envolvidos.
Além da questão legal, há também um debate sobre a ética dessas práticas. Muitos seguidores começam a questionar se os prêmios realmente são entregues e se as condições são justas. A prática de rifas é vista por alguns críticos como uma forma de exploração da boa-fé dos seguidores, já que, em muitos casos, há falta de transparência e clareza sobre como o dinheiro arrecadado é utilizado.
Consequências para a imagem pública dos influenciadores
A associação de rifas com práticas ilegais tem causado danos à reputação de muitos influenciadores, especialmente daqueles que foram presos ou investigados. Mesmo sem envolvimento direto com fraudes, a proximidade com essas práticas pode afastar potenciais patrocinadores e reduzir a credibilidade perante o público. Para muitos criadores de conteúdo, o impacto negativo na imagem pode ser irreversível, resultando em perda de seguidores e oportunidades de negócios.
Alternativas e necessidade de conformidade legal
Com as recentes prisões de influenciadores milionários, ficou claro que a realização de rifas e sorteios sem o devido respaldo legal pode resultar em consequências graves. Especialistas em direito digital recomendam que, antes de iniciar qualquer atividade dessa natureza, os influenciadores busquem regularização junto aos órgãos competentes para evitar problemas futuros.
A tendência é que as plataformas digitais, como Instagram e TikTok, também reforcem suas políticas para evitar que rifas ilegais sejam promovidas em suas redes. Muitos influencers que dependiam dessas estratégias para gerar renda agora buscam alternativas, como parcerias com marcas ou a criação de conteúdos pagos, evitando o risco de envolver-se com práticas que possam levá-los à prisão.
Fonte: https://diariodopoder.com.br/ e plox.com