
Bolsonaro tem piora em exames do fígado e elevação da pressão arterial
“O hospital DF Star informa que o ex-presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em acompanhamento pós-operatório. Apresentou piora clínica, elevação da pressão arterial e piora dos exames laboratoriais hepáticos”, disseram os médicos que cuidam do presidente no boletim.
A operação mais recente foi a sexta cirurgia a que Bolsonaro foi submetido por causa de uma facada que sofreu em setembro de 2018 quando fazia campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG). Após o atentado, o ex-presidente, que venceu a disputa eleitoral daquele ano, teve outros episódios de obstrução intestinal.e acordo com o documento, Bolsonaro será submetido a novos exames de imagem e segue fazendo sessões de fisioterapia motora. O ex-presidente passou por uma cirurgia para desobstrução intestinal no dia 13 de abril após passar mal dois dias antes com fortes dores abdominais enquanto participava de um evento político no interior do Rio Grande do Norte.
Irritado, Bolsonaro Recebe Intimação Em Hospital E Questiona Oficial De Justiça
O ex-presidente publicou vídeo do momento em que a oficiala lhe entrega a intimação e, demonstrando irritação, indagou se ela sabia que estava em uma sala de UTI e questionou o prazo de cinco dias para apresentação de sua defesa prévia. O ex-presidente comparou a atuação da oficiala a de pessoas que cumpriam ordens do regime nazista na Alemanha.
Em nota, o STF disse que os réus do chamado Núcleo 1 do processo sobre suposta tentativa de golpe de Estado haviam sido intimados entre os dias 11 e 14 de abril e que a intimação de Bolsonaro havia sido adiada.
“Em virtude da internação do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi determinado que se aguardasse uma data adequada em que pudesse, normalmente, receber o oficial de Justiça. A divulgação de live realizada pelo ex-presidente na data de ontem (22/4) demonstrou a possibilidade de ser citado e intimado hoje (23/4)”, disse a corte.
Também em nota, o Sindicato Nacional dos Oficiais de Justiça Federais (Sindojaf) e a Associação Nacional União dos Oficiais de Justiça do Brasil (UniOficiais/BR) disse que a oficiala de Justiça cumpriu seu “dever constitucional e funcional, agiu com total observância da legalidade, estrito rigor técnico e absoluta imparcialidade”.
As entidades representativas da categoria também repudiaram “de forma veemente a filmagem indevida e não autorizada e a divulgação sensacionalista e não consentida da atuação da oficiala de Justiça, conduta que não apenas viola sua intimidade e honra funcional, como também busca distorcer os fatos e comprometer sua imagem perante a sociedade”.
(Reportagem de Ricardo Brito e Eduardo Simões)