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Bolsonaro não descarta ser ministro de Michelle

BRASÍLIA (Reuters) – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira que vai tentar garantir a sua candidatura até “os 48 do segundo tempo”, mas admitiu a possibilidade de sua esposa, Michelle, concorrer caso seja mantida sua inelegibilidade, e de ele ocupar um dos principais ministérios do governo, a Casa Civil, se a ex-primeira-dama for vitoriosa.
“Não tenho problemas, seria também um bom nome com chances de chegar. Obviamente, ela me colocando como ministro da Casa Civil, pode ser”, disse o ex-presidente em entrevista à CNN Brasil, questionado sobre a possibilidade de Michelle disputar o Planalto no seu lugar.
Pesquisa do instituto MDA para a Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgada em novembro do ano passado apontava que ex-primeira-dama é quem mais se aproximaria em intenção de voto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2026 se o ex-presidente Jair Bolsonaro continuar impedido de concorrer.
Segundo a sondagem, Michelle se sairia melhor do que o influenciador Pablo Marçal (PRTB) e do que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
No cenário com a ex-primeira-dama, Lula fica à frente com 34,1% das intenções de voto, enquanto Michelle soma 20,5%. No caso em que o próprio Bolsonaro aparece na disputa, Lula tinha 35,2% e o ex-presidente, 32,2%. A margem de erro da pesquisa era de 2,2 pontos percentuais.