Até que enfim saiu a Duplicação da BR-381 entre BH e GV
Concessão da rodovia pode atrair investimentos, fortalecer arrecadação tributária e criar milhares de vagas de trabalho no estado
A concessão e duplicação da BR-381, no trecho que conecta Belo Horizonte a Governador Valadares, têm o potencial de transformar a infraestrutura e economia de Minas Gerais. Com 303,46 quilômetros de extensão, a rodovia é fundamental para as regiões Central, Leste e Vale do Aço, desempenhando papel estratégico no escoamento de produções para Belo Horizonte e São Paulo.
Segundo um estudo realizado pela consultoria Houer, encomendado pelo Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), a privatização do trecho não apenas atrairá investimentos privados, mas também possibilitará a redistribuição de recursos públicos para áreas prioritárias. “Esse modelo de gestão permite que o setor privado assuma os custos operacionais e investimentos necessários, enquanto os recursos públicos podem ser redirecionados”, explicou Felipe Barbosa, Head de ESG e Inovação da Houer.
A pesquisa aponta para impactos expressivos na geração de empregos. Em 2023, nos municípios diretamente influenciados pelo trecho concessionado até São Paulo, foram criadas 22.907 vagas formais, sendo 5.524 no setor industrial. Já no trecho ainda sob gestão pública, onde a duplicação não foi concluída, o cenário foi de perdas: o setor industrial registrou uma redução de 1.180 postos de trabalho no ano passado.
Além do impacto no mercado de trabalho, a concessão deve gerar uma arrecadação de mais de R$ 8 bilhões em impostos para o Estado e a União. Tributos como ISS, IR, PIS e Cofins incidirão sobre as operações da concessionária, que também fomentará receitas em municípios como Jaguaraçu, Periquito e Nova União. Em Jaguaraçu, a arrecadação de ISS pode ser multiplicada por sete em relação a 2023, destacou Barbosa.
Durante o período de concessão, estima-se ainda a criação de 601 empregos diretos no pico das operações, com uma média anual de 534 contratações. Esses postos de trabalho devem movimentar R$ 1,18 bilhão em salários ao longo do contrato. Fonte: Portal da Cidade