Morre Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA, aos 100 anos
Democrata saiu de uma pequena cidade na Geórgia para a Casa Branca e governou o país por apenas um mandato, época em que se opôs frontalmente à ditadura militar brasileira. Após deixar Washington, se tornou um ícone da luta por direitos humanos e pela democracia, sendo agraciado com o Prêmio Nobel da Paz.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou neste domingo (29) a morte do ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter e exaltou a atuação do americano na busca pela paz e na promoção dos direitos humanos.
Carter morreu neste domingo aos 100 anos em sua casa, em Plains, Geórgia, a mesma cidade onde nasceu. Ele presidiu os EUA entre 1977 e 1981.
“Será lembrado para sempre como um nome que defendeu que a paz é a mais importante condição para o desenvolvimento”, escreveu Lula nas redes sociais.
O presidente destacou a pressão do ex-presidente americano pela liberação de presos políticos durante a ditadura brasileira e sua luta na erradicação de doenças na América Latina e na África.
“Meu pai foi um herói, não só para mim, mas para todos que acreditam na paz, nos direitos humanos e no amor altruísta”, disse seu filho, Chip Carter, em um comunicado.
“Meus irmãos, minha irmã e eu o compartilhamos com o mundo por meio dessas crenças comuns. O mundo é nossa família pela maneira como ele uniu as pessoas, e agradecemos por honrar sua memória continuando a viver essas crenças compartilhadas.”
Na Casa Branca, Carter foi crítico a ditaduras latino-americanas, como as de Pinochet, no Chile, e à ditadura militar no Brasil. (G1)